sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Corre aê!

Corre aê! 


Nunca desejei ser a melhor em nada. Nem me esforçava, na real. Gostava mesmo era ver meus amigos e curtir a vida. Queria ser uma pessoal normal e feliz. Sabia, no fundo, que se eu começasse a competir para ser melhor que meus colegas viraria uma lunática por vitórias. Não era assim que eu queria me moldar. Na verdade eu não deveria competir com ninguém. Só comigo mesmo, mas isso eu aprendi anos mais tarde.

A corrida despertou em mim o esforço e a vontade de vencer. De querer fazer o meu melhor a cada treino, e também a frustração e a sabedoria, quando eu não conseguisse atingir meus objetivos. Ela me ensina todos a vencer.

É onde meus demônios são exorcizados, onde minha felicidade transborda e a minha força sempre vence. A corrida mostra, pelo menos pra mim, que dedicação+força+ comprometimento são ingredientes da vitória. 

Mesmo meu cérebro querendo me boicotar a cada passada, pensa que é fácil?

O sábio médico Drauzio Varella afirmou: " nenhum animal desperdiça energia. Só o fazem atrás de alimento, sexo ou para escapar de predadores. Satisfeitas as três necessidades, permanecem em repouso até que uma delas volte a ser premente. Vá ao zoológico. Você verá uma onça dando um pique para manter a forma? Um chimpanzé – com quem compartilhamos 99% de nossos genes – correndo para perder a barriga?''

Por isso, que eu falo, o cérebro me boicota todo o tempo. Fica me testando, joga comigo: " Pq está fazendo isso? Para! Anda só um pouquinho! Vc não vai conseguir.." São algumas das frases típicas que ele lance durante todo o treino. Então, ter ido treinar por si só já é uma vitória. 

Ah, mas quando aquele treino sai do jeito que vc queria? E aquela sensação maravilhosa de endorfina+ adrenalina+ serotonina que o fim do treino trás? Caralho! Que paz celestial eu sinto. Parece que estou no céu. 

Obrigada, corrida. Te reencontrar foi meu presente de 2015.

Ps: Amanhã entro em mares não desbravados.Os 12km chegaram. Foco. #SS






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