sábado, 4 de junho de 2016

Enfim, 21km.



Depois de seis meses de preparação, finalmente a Meia Maratona do Rio de Janeiro chegou. 

A estreia foi no dia 29 de maio, um domingo.  E, escolher estrear no Rio foi totalmente proposital. 

Fácil não foi, e, se fosse não teria história para contar. Foram meses de treinamento físico e mental para não surtar na hora da prova (emocionalmente) igual aconteceu na São Silvestre, no ano passado.

O plano era um só: correr bem e completar. Sem sofrimento. E tudo indicava que daria certo. E deu.

Missão dada parceiro, é missão cumprida. 

Tivemos alguns percalços no caminho. Pra quem não sabe, a Meia Maratona e Maratona larga da Praia do Pepe e da Barra da Tijuca, e pra quem não faz a menor noção de Rio de Janeiro, é longe pra caramba! Para nós, paulistas, que andamos muito de carro não é tão longe assim, mas para o carioca da zona sul ou de qualquer outra zona a Barra é outro mundo.

Para chegar lá, a organização coloca vários ônibus no Aterro do Flamengo, local também da chegada, para levar os corredores até a Barra ou Pepe.

Pois bem, lá estava eu e mais dois amigos às 05h da manhã para pegar o tal ônibus. Uma fila imeeensa, mas resistimos. Entramos no ônibus e seguimos para a praia do Pepe. Porém, o motorista se perdeu. ahahahahaha Você leu certo. Ele se perdeu. A largada era às 06h45 chegamos às 07h20. Um verdadeiro caos. 

Mas, é aquela história, a gente precisa ter história para contar, né?! Afinal, que graça teria se tudo tivesse dado certo? hahahahaa 

Ainda tivemos um ser humano chamado Joelson que salvou o motorista e nos colocou no caminho certo! O ônibus foi ao delírio: Joelson! Joelson!! 

Confesso que chegar sem largada oficial me deu um alívio. Não tinha aquela multidão vibrando e eu pude seguir sozinha. Emocionalmente, pra mim, foi melhor.

A cada quilômetro que eu passava eu pensava, "que pena, está acabando". Foi uma linda prova.

Fiz dois treinos longos de 1h40 e que deram ambos 16km. E eu estava com medo. E depois dos 16, será que vou quebrar? Vou aguentar?

No primeiro longo eu pensei que não ia rolar. Foi sofrido, doeu e eu penei para entregá-lo. O segundo foi totalmente diferente, leve, fácil, tranquilo e sem uma única dor. Aleluia, irmãos!

Bom, decidi parar de pirar e deixar acontecer. O décimo sexto quilômetro chegou e do mesmo modo ele passou. Sem stress, sem dor, era como se estivesse em casa. 

A situação apertou no 19, mas não foi fisicamente. A emoção começou mostrar que estava ali. A garganta começou a travar a os olhos a encherem d'água. 

Controlei a fera e pensei: " chora só quando cruzar o pórtico! Aguenta ae!! "

E lá fui eu, minha emoção até o pórtico onde eu desabei.

Abracei a moça da medalha, como se fosse minha mãe e chorei igual criança naquele ombrinho hhaahhaa obrigada, moça.

Terminei inteira e super feliz e com a certeza que as corridas de longas distâncias são o que eu mais gosto de correr.  

Meu tempo oficial foi de 2:17:45.

Enfim, 21km.